Thursday, October 28, 2004

Hipocrisia

Hoje, aconteceu hipocrisia. E muito apelam ao não estigmatismo… HIPÓCRITAS.
Pois bem: hoje, em contexto de sessão lectiva inovadora, foram convidadas três pessoas para apresentarem à turma o trabalho da Associação não-sei-quantos Bipolares (entenda-se trabalho por realidade, o que convier!!). Intervi e, no final, voltei a intervir, gerando um ai-meu-Deus na Professora. A intenção não era criar polémica e, por favor, bipolares, sintam-se ofendidos, então. A Professora ficou preocupadíssima com o estado de hiper excitação que eu pudesse estar a causar nos convidados… Sim: dois eram bipolares e o outro, familiar de um deles. Poupem-me. Agora, as conversas evitam-se?! Não são pessoas como as outras?! Só ESTIGMA, vejo. E, ainda por cima, sujeitaram-se! Não será normal um maior envolvimento na conversa, quando esta interessa?! Todavia, o ramalhete por aqui não ficou concluído: «Mas, oh, Cerdeira, tu passaste?!»! Um deles disse-me: «Estados mais próximos da hipomania são atingidos pelo consumo de cocaína e pelo estar-se apaixonado!», referindo o mesmo que talvez pudesse não acreditar!!

A Professora aconselhou-me a ler "A Manta".

2 Comments:

At 4:25 PM, Blogger Onun said...

Pois.. que posso eu dizer...
Bem tens que começar a aprender que na grande maioria desses ditos congressos, aulas ou conferências não se vai practicar qualquer tipo de acto relacionado com pedagogia, é mais afirmação pessoal e quando se estravia o caminho, perguntando sobre as coisas, eles ficam ofendidos. No teu caso é mais que óbvio que se não queriam apresentar coisas que debate que o fizessem honestamente e tb, a tua professora, não percebe que aos tratar como bipolares está a agravar a estigmatização que possam já sofrer (apesar deste grupo de pessoas não ser o que sofre mais deste comportamento social)....
respira fundo e descansa. O que não vale é preocupares-te com isso e expores-te...

 
At 5:38 AM, Blogger Ciliegia said...

Tens razão, Onun. Porém, ontem, ainda reinava a agitação, pelo que, fui falar com a Professora, no sentido de esclarecer qualquer mal-entendido. Correu tudo lindamente e apreciei muito a sua afirmação final - não que isso me sensibilize para um eventual sentimento de culpa; porque não, de todo -: «O que importa é, da situação, fazer um momento de aprendizagem.».
(Antropologia é com ela e, realmente, tece "juízos" iluminados!)
É sempre positivo partilhar ideias!

Um facto faz-me a pensar: «É Ana, não é?!»!!!!
Ops! Já dei por demais bandeira...

;*)

 

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