Wednesday, March 09, 2005

(Despacha-te!)

Nas alturas, permanecem à distância de um faro carmim de ferro…
Em rompendo, serão trombo na disputa por pedaço mais pulsante. Entretanto, voam e voa.
«Xô! Xô!», bate no solo uma areia que fazem tremular.
«Agora, sou redonda! Poliram-me as arestas e a falha, que a água em mim teceu, já não mais existe!», continuou a areia.
«Ávido de fibras rosadas, não mais serás o que me come para te ajudar a digesta!», e continuou a areia.
«Aqui, não poderás pousar. Queimar-te-ei as garras! Tenta e sentirás o brilho que o dia me encerra.», e continuou e continuou a areia.
(Certo dia, certo dia de tamanha quentura, a areia repousava. Pensara que estivera ali, aqui, acolá, na Primavera, no Verão, no chão, no papo, a 20, a 25 à hora,…
Porém, nunca estivera lá.)

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