Monday, September 20, 2004

David Helfgott



"Shine"... Boa intro (boa!!).

Sunday, September 19, 2004

Freedom

shoulders of perfection let them drag you straight across and tell me have we found perfection are we finally lost and I'm staring from a distance why don't you come get a closer look I can guarantee that lickin' the package ain't ever quite as good so they're looking for a new face with a voice to go along I can tell you right now that ain't my style I don't do no sing alongs with my freedom from the mighty sky to the ground she said you've got the freedom to walk out if they drag you down standin' on the edge of a crisis we decide to raise our own voices consider that the sounds is our own and the fact our feet grow up from the ground this is where I wanna be this is who I wanna be so they get your voice but they can they can never get your soul yes there's a million things about me you will never know like they caught me on video and yeah they caught me on radio yeah they caught me on video radio stereo you've got the freedom to walk out if they drag you down freedom from the mighty sky to the ground she said you've got the freedom baby to walk out if they drag you down if they drag you if they drag you walk out
Tegan And Sara

As lides da Bata Branca

Havia chamado o elevador e esperava...
Entretanto, uns passos enérgicos de corrida desviaram a atenção de tão concentrada espera. Um ser, metade de mim, exibia uma expressão de abraço bem desejado e um sorriso amplamente aberto.
De novo, aguardei… agora, pelo embate de um corpo que, embora pequeno, aprendera já a conter-se e travar.
Fui, então, surpreendida: os braços fecharam-se entre si e um sorriso concretizou-se. Fora beijada gratuitamente.
E, da mesma forma, partiu, cumprindo uma intenção iniciada por uma marcha vibrante.
Afinal, os momentos caiem do céu.

Saturday, September 18, 2004

Lágrima

...


Cheia de penas
Cheia de penas me deito
E com mais penas
Com mais penas me levanto
No meu peito
Já me ficou no meu peito
Este jeito
O jeito de te querer tanto

Desespero
Tenho por meu desespero
Dentro de mim
Dentro de mim o castigo
Não te quero
Eu digo que não te quero
E de noite
De noite sonho contigo

Se considero
Oue um dia hei-de morrer
No desespero
Oue tenho de te não ver
Estendo o meu xaile
Estendo o meu xaile no chão
Estendo o meu xaile
E deixo-me adormecer

Se eu soubesse
Se eu soubesse que morrendo
Tu me havias
Tu me havias de chorar
Uma lágrima
Por uma lágrima tua
Que alegria
Me deixaria matar

Por Amália Rodrigues

Friday, September 17, 2004

Passado e Intenção

e da velha voz que vai da velha
sopra que sabe de si e da saudade
põe no prato as cartas de pranto
que crê com o tempo não mais cobiçar

e assim fez-se ao suor do sapato
pela praia de pequenas pedras tantas
lê a leste a grandes letras o lugar
que crê com o tempo desejar cobiçar

....Will Be....

«Importa que não haja ilusões sobre este ponto: é
que todos podemos morrer de sede em pleno mar.»


Por João Miguel Fernandes Jorge

Tuesday, September 14, 2004

«É preciso não esquecer nada»

«É preciso não esquecer nada:
nem a torneira aberta nem o fogo aceso,
nem o sorriso para os infelizes
nem a oração de cada instante.

É preciso não esquecer de ver a nova borboleta
nem o céu de sempre.

O que é preciso é esquecer o nosso rosto,
o nosso nome, o som da nossa voz, o ritmo do nosso pulso.

O que é preciso esquecer é o dia carregado de atos,
a idéia de recompensa e de glória.

O que é preciso é ser como se já não fôssemos,
vigiados pelos próprios olhos
severos conosco, pois o resto não nos pertence.»

Por Cecília Meireles

Monday, September 13, 2004

Para TODOS, ENTRETANTO, marasmo



«Que pensas fazer durante este ano lectivo?»
Acabar mais um ano para depois acabar o outro e ver o que acontece.

(...e, por isso, sou perversa.)

Thursday, September 09, 2004

Nisto, não queria ter razão

«(...) o amor não é curioso (...)»
Disseram-no por mim.

Num dia como ontem, feito de Inverno

À minha semelhança, aguardava um velho pelo Madragoa…
(agora: «you've got my telephone number»)
…trajava casaco XL “o que houver” bordeaux, calças de ganga “o que houver” russas, ténis de basket gastos e sujos dos Invernos, óculos de massa XL, entre outras peças de roupa e acessórios sobre os quais não especulo hábitos e lugares… a exercitar-se ao som de hip-hop e ao calor de umas não sei quantas gramas de álcool por litro de sangue…
(mas isso é um videoclip! não te prendas por mim… «arranja disponibilidade», «e acabou tudo bem», vi o jogo todo - vieram quatro de enxurrada… dois anos de cadeia! «lá andava ela toda contente», «beber um cafezinho», obrigada por teres ligado… «obrigado por teres atendido!!»)
(agora: «quis pedir ajuda, mas a língua estava morta»)
(«estás uma beca apática»)
…não feliz, momentaneamente distraído.
(reproduzo: «Will we receive without ever asking? I´m just curious»)
E, como ser sexualmente expressivo, descompondo a ideia de pele sobre pele e envergando peças largas e distraídas, exibia uma portinhola aberta!
O Madragoa não tardou.
Outros, porém, existem felizes, dando-nos a conhecer, sob as leis de um belo cartaz, a fotografia de duas mãos dadas…
(agora: «estamos de volta ao teu bom humor
sempre essa ideia na mente é p’ra lembrar o motivo
é que hoje eu sinto-me vivo, seja porque motivo for porque motivo for, porque motivo for
é só mais um começo com teus dentes no chão
sempre na mira de um bom amor guarda essa ideia na mente e esquece qualquer aviso
um dia sendo preciso voltas p’ra que desejo for, p’ra que desejo for
é só mais um começo com teus dentes no chão
é só mais um começo com teus dentes no chão
vamos levando até quando for desejo do desejo
vai dizendo, o que eu vejo
que amanhã é a maior mentira
eu não sei o que eu quero
e é por isso que eu procuro
eu procuro
»)
Outros, porém, existem felizes, dando-nos a conhecer, sob as leis de um belo cartaz, a fotografia de duas mãos dadas…

Wednesday, September 08, 2004

Só tinha de ser com você





É, só eu sei quanto amor eu guardei
Sem saber que era só pra você
É, só tinha de ser com você
Havia de ser pra você
Senão era mais uma dor
Senão não seria o amor
Aquele que a gente não vê
O amor que chegou para dar
Porque ninguém deu pra você
O amor que chegou para dar o que ninguem deu
É, você que é feito de azul
Me deixa morar nesse azul
Me deixa encontrar minha paz
Você que é bonito demais
Se ao menos pudesse saber
Que eu sempre fui só de você
Você sempre foi só de mim


(Tom Jobim e Aloysio de Oliveira)

Tuesday, September 07, 2004

.FIREBALL.



http://fireball.home.sapo.pt/

Saturday, September 04, 2004

Omito de ti me em ti

e o bule de padrão floral inerte e espectante
húmido e quente diz-me que está vivo e aquece-me os dedos
também largaram passo e alargam passo
alguém à minha frente se dedica a apagar marcas
e tem gozo nisso
mas de que importa agora
o chá no bule espera por uma mão iniciática
por uma das quatro
não lhe vejo o rosto porém sinto o riso
ups e um piscar de olho agora
e o verde neste momento neste preciso momento abunda
uma cortina deu o jeito de se desviar
e assim brizou
cheirei-lhe a lúcia-lima dizem que é digestivo
e na barriga do bule então
e na minha cabeça então
bem continua à espera e vê-se que muito espera
os poros da cerâmica conduziram o líquido a escurecer o tom rosado
as mãos que não as minhas tendem agora num reflexo apenas reflexo
ainda não é desta que te tomo o sabor
podias quebrar de tanto calor oh bule
fui buscar bolinhos as mãos lá ficaram em cima das pernas
uma que treme ao ritmo da perna sei lá qual
ups um outro olho fez o favor de piscar
berra que já volta
me tenho agora por bule

Friday, September 03, 2004

Vou-me escorrendo

_tenho-me assim ausente de mim e e e vira a página muda já menti-te desculpa muda já tu também que tempo invento para esgotar muda muda age desculpa ser amiga inventar-me como amiga um tempo que não foi só do pensar muda muda muda já devias contar também desculpas sabê-lo também desculpas e querer agora mais do antes não mudo não quero mudo o palavrar esgota-se por ti não por ti que não quero mudo só a pena em não saber retribuir a ti a outros não quero mudo te_

Thursday, September 02, 2004

Imóvel à erosão

Vi-te sentado n'A Brasileira e como tão bem hibernas...
Ainda assim tenho-me, em bronze, sentada e, por dezenas, rodeada.
Abordar-te-ia por conselhos. Porém, deles, também a língua é bronze.
E cara ainda; e caro ainda. Caros nos somos!
E vai vento; e vem vento... A madeixa escapa-se do arranjo...
E tu?! Sólido, seco de mil pingos de chuva.
«Pouco me importa.
Pouco me importa o quê? Não sei: pouco me importa.»

Wednesday, September 01, 2004

Excerto de mim

Quero curar-me e rir-me do que escrevo e irritar quem outrora fui.